Desde agosto de 2021, estavam suspensas as atividades na Hidrovia Tietê-Paraná, administrada pelo Departamento Hidroviário de São Paulo. A suspensão ocorreu por causa da falta de chuvas na região, responsável pelos baixos volumes nos reservatórios e rios.
O trecho mais atingido pela crise hídrica foi o do pedral de Nova Avanhandava, em Buritama, que fica entre Pederneiras (SP) e São Simão (GO). É por lá que é realizado o escoamento das produções agrícolas para os reservatórios de Três Irmãos e Ilha Solteira.
Ao longo do mês de março desse ano, a retomada das atividades na hidrovia começou gradativamente. Agora, em abril, voltou a operar com capacidade máxima, ou seja, já é possível navegar sem ondas de vazão e com calado máximo de 2,70 m (distância entre a ponta do casco e o nível da água).
A liberação da navegação se deu graças à melhora nos reservatórios da bacia do Rio Paraná e após indicação da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), com base em suas previsões.
Conectando seis dos maiores estados produtores de grãos no Brasil (Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná e São Paulo), a hidrovia possui mais de 2400 quilômetros de extensão e faz parte de um grande sistema de transporte multimodal, representando uma alternativa de corredor de exportação.
Cerca de 800 quilômetros da extensão da Tietê-Paraná estão no Estado de São Paulo, sob responsabilidade do Departamento Hidroviário. O restante da hidrovia corta os outros estados, abrangendo uma região de aproximadamente 76 milhões de hectares, na qual é gerada quase a metade do PIB nacional.
O governo do estado de São Paulo está investindo quase R$ 10 milhões na construção do canal de montante da eclusa de Ibitinga, além de desassoreamento, derrocamento e ampliação de vãos de pontes, manutenção e implantação da sinalização náutica. Tudo isso com o intuito de promover mais segurança para a navegação fluvial, o que impacta diretamente o meio ambiente.
O transporte de cargas por hidrovia representa significativa redução na emissão de gás carbônico: duas vezes menor do que na ferrovia e quase seis vezes menor que na rodovia. Além disso, comparado à ferrovia, o consumo de combustível é 100% menor na hidrovia, e quase 20 vezes menor do que na rodovia.
Estima-se que no ano de 2020 mais de 2 milhões de toneladas foram transportadas em navios pela Tietê-Paraná. Em 2019, esse número foi superior a 2,5 milhões de toneladas. Adubo, cana de açúcar, carvão, madeira, milho, óleo e soja estão entre os principais tipos de cargas que passam por ali.
A expectativa é que ao longo de 2022 a quantidade de produtos transportados na hidrovia ultrapasse a marca de 3 milhões de toneladas.
Agora que você já sabe sobre a retomada das atividades na Hidrovia Tietê-Paraná, queremos te convidar para ler mais um de nossos artigos que fala sobre o setor de transportes de carga no Brasil: Investimento em novos projetos de ferrovias.
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