A ocupação dos armazéns no Brasil

No último ano, com todos os novos desafios econômicos que o Brasil enfrentou por causa da pandemia que afetou diversos setores, o país registrou um recorde em seu déficit de armazenagem.

De acordo com a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), o ideal é que a capacidade estática de armazenagem de um país seja 1,2 maior do que sua produção de grãos. Entretanto, no Brasil, o que vem acontecendo é um aumento desproporcional com relação à produção e à capacidade de armazenagem.

Relatórios apontam que, nos últimos dez anos, a capacidade de armazenagem no Brasil cresceu aproximadamente 29,6 milhões de toneladas, enquanto a produção nacional aumentou 88,3 milhões de toneladas.

Outro desafio nessa área tem relação com a localização dos armazéns. Apenas 16% da capacidade estática no país se localiza nas propriedades rurais, o que resulta em sobrecarga da armazenagem intermediária e do transporte.

Além disso, o agricultor, por não possuir sua própria capacidade de armazenagem, perde a oportunidade de formar lotes maiores de venda, o que proporcionaria a chance de negociar diretamente com indústrias.

Para esse ano de 2021, a projeção do LSPA (Levantamento Sistemático da Produção Agrícola) é de uma safra de cereais, grãos e leguminosas de mais de 250 milhões de toneladas. Contudo, a capacidade estática do Brasil é de 170 milhões de toneladas.

Principais armazéns no Brasil

No Brasil, o Rio Grande do Sul é o estado detentor do maior número de estabelecimentos de armazenagem, enquanto o Mato Grosso é o que possui maior capacidade. Soja, milho, arroz, trigo e café são os produtos que constituem a maior parte do volume estocado.

Quando o assunto é a capacidade útil armazenável, os silos são o tipo predominante no país. Depois deles estão os armazéns graneleiros e granelizados. Por fim, estão os armazéns convencionais, estruturais e infláveis.

Armazenagem e logística

Além do setor de agronegócio, a questão da armazenagem no país atualmente também é assunto constante no setor de logística. Com o crescimento dos e-commerces e a mudança nos hábitos de consumo dos brasileiros, que passaram a comprar com mais frequência em sites e lojas virtuais por causa do isolamento social ocasionado pela pandemia, a questão de estocagem e armazenagem de produtos também vem chamando mais atenção.

Empresas têm buscado inovações e estratégias para conseguir alocar mais produtos em menos espaço e para evitar desorganização, atrasos e prejuízos.

A verticalização nos galpões é uma das soluções encontradas por muitas dessas empresas. Nesse sentido, a busca por armazéns com pé-direito alto tem crescido, onde é possível explorar a altura do espaço com o uso de prateleiras e pallets.

Grandes empresas, como Mercado Livre e Amazon, têm buscado ampliar sua quantidade de armazéns, implementando novos centros de distribuição em diferentes cidades do país com o intuito de garantir entregas cada vez mais rápidas.

Isso demonstra que, atualmente, nos diferentes setores da economia, a demanda por armazéns tem sido maior do que a quantidade realmente disponível. A expectativa é que novas estratégias surjam e a situação econômica no Brasil ganhe estabilidade depois das incertezas que surgiram em 2020.

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