Viabilidade das entregas com drones

Hoje em dia, já tem se popularizado no Brasil o uso de drones na produção de fotos e vídeos, especialmente de grandes eventos, pois as imagens aéreas obtidas são realmente impressionantes.

Entretanto, ao redor do mundo, em diversos países estão sendo realizados testes para a utilização desse tipo de equipamento em outro setor: na logística. A entrega de produtos por meio de drones é uma realidade que já existe em alguns lugares, mas muitos estudos ainda estão sendo feitos para constatar a viabilidade desse tipo de operação.

Para curtas distâncias e pequenas mercadorias, é fato que a entrega por drones é viável, mas é necessário considerar as limitações desse novo modal.

Uma das desvantagens da entrega por drone é que geralmente esse equipamento só consegue carregar um volume por vez, o que significa que, depois de entregar uma mercadoria, o dispositivo precisa retornar ao seu ponto de origem para ser recarregado. Já um caminhão consegue transportar e entregar um grande número de pedidos por dia, especialmente em áreas com entregas densas.

Por outro lado, o drone dispensa o uso de um piloto humano, não pega congestionamentos, consegue ser mais rápido que um caminhão e tem um índice custo/quilômetro menor.

Além da flexibilidade que os drones são capazes de oferecer, outra característica interessante nesse tipo de entrega é que ela elimina um problema muito comum na logística, que é quando o atraso em uma entrega afeta todas as subsequentes na rota do veículo. Isso coloca esse tipo de operação como uma alternativa mais rápida e mais econômica, bastante útil, por exemplo, na entrega de documentos.

Testes

Algumas farmácias, lojas de departamento e até fast-foods nos Estados Unidos já têm experimentado a utilização de drones para realizar suas entregas. A opção é vista como uma maneira de facilitar a vida de pessoas com limitações motoras, como idosos ou pessoas com algum tipo de deficiência.

A Amazon é uma das grandes empresas que tem planejado iniciar esse ano suas entregas com drones nos Estados Unidos, substituindo os caminhões, saindo do depósito com um pedido e retornando ao mesmo ponto após a entrega.

Já a Matternet pretende criar estações nas quais as pessoas possam entregar e receber pedidos, como uma espécie de caixa postal ou guarda-volumes. Para áreas rurais ou suburbanas, a proposta da empresa é que os drones entreguem pedidos no jardim das casas. Além disso, a Matternet ainda estuda a possibilidade de viabilizar o transporte de amostras entre hospitais, pois são movimentações que requerem agilidade.

Já a JD.com, empresa chinesa que atua no mercado de comércio eletrônico, vê a entrega via drone como uma alternativa para operações em áreas montanhosas ou remotas.

Inglaterra e Rússia também já experimentaram efetuar entregas usando drones. Na maioria dos casos, o problema enfrentado pelas empresas é pousar em locais fechados, por isso nesses testes os pedidos são deixados do lado de fora das residências, até por uma questão de segurança dos clientes.

No Brasil, esse tipo de sistema ainda precisa de legalização perante os órgãos responsáveis. Para operar um drone é preciso obter uma licença da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).

Enfim, embora ainda limitada, a entrega por drones é uma tendência e promete impactar significativamente os serviços de logística ao redor do mundo em breve.

Agora que você já sabe um pouco mais sobre a viabilidade das entregas com drones, queremos te convidar para ler outro de nossos artigos, que explica o que são dark stores.