Situação do Arco Norte prejudica escoamento de grãos

Desde 2015, os portos do Arco Norte são considerados um dos principais pontos de saída de grãos de soja e milho do Brasil para o exterior. Trata-se dos portos situados acima do Paralelo 16° S, abrangendo os terminais das regiões Norte e Nordeste.

Entretanto, atualmente, a situação das rodovias que compõem o Arco Norte não é das melhores, com alguns trechos em estado precário, comprometendo a trafegabilidade, danificando veículos, encarecendo o preço do frete rodoviário, colocando vidas em risco e, para completar, prejudicando o escoamento da safra de grãos do país.

A ABIOVE (Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais) fez um levantamento recente sobre as condições das principais rodovias do Arco Norte e constatou que tanto nas federais quanto nas estaduais há muitos pontos com problemas.

Levando em conta as inspeções feitas entre os meses de fevereiro e maio deste ano, contemplando eixos que são importantes para o escoamento de grãos, como a BR-158 e a BR-163, além de trecho da PA-287/TO-335, que liga o Pará até o pátio ferroviário de Palmeirante, no Tocantins, foram encontrados trajetos sem asfalto ou com asfalto cheio de buracos.

Esse tipo de condição nas rodovias, além de dificultar a trafegabilidade, provoca aumento no consumo de combustível e no tempo de viagem, pois limita a velocidade dos motoristas. Também pode ocasionar degradação nos pneus dos veículos e encarecer a manutenção dos caminhões.

Outro problema identificado é a ausência de acostamento e terceira faixa em alguns trechos, o que resulta em um trânsito mais perigoso e com riscos de acidentes.

Rodovias sob administração pública

O levantamento feito pela ABIOVE revelou que, de acordo com dados da Confederação Nacional do Transporte (CNT), das rodovias que estão sob administração pública, 73% delas apresentam irregularidades e 71,8% têm pavimento com classificação regular, ruim ou péssimo.

O ponto que chama a atenção é que isso reflete diretamente no custo do frete. O levantamento aponta que em condições ruins o valor sobe 65,6% e em condições péssimas esse valor quase dobra, chegando a aumentar 91,5%. Além disso, a estimativa é de que a má qualidade do pavimento das rodovias é responsável por um consumo desnecessário de quase 100 milhões de litros de diesel por ano.

Tudo isso afeta o desenvolvimento regional e diminui a competitividade dos grãos que são escoados por essa área, fazendo com que a produtividade obtida até o embarque se perca.

No atual momento, quando o Brasil lida para garantir o abastecimento de diesel no exterior, com o mercado global mais apertado pelo impacto da guerra no Leste europeu, diante dos dados levantados, fica evidente a necessidade da alocação de recursos públicos para a manutenção das rodovias do Arco Norte, o que inclui investimento na pavimentação, na sinalização e na geometria das pistas.

Agora você já sabe como a situação do Arco Norte prejudica o escoamento de grãos. Se esse é um assunto do seu interesse, não vá embora ainda. Temos diversos outros artigos que podem ser úteis, como o que ensina boas práticas para a logística de alimentos. Não deixe de conferir!

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