Rumo e a superssafra de grãos

A despeito de alguns problemas logísticos enfrentados no início de 2021, especialmente ocasionados por fatores climáticos, o Brasil vem colhendo uma superssafra de soja esse ano e tem perspectiva de que a produção de milho e açúcar no segundo semestre também seja abundante.

Por causa disso, a Rumo, considerada uma gigante da logística, por possuir 13.500 km de linhas ferroviárias responsáveis pela ligação do centro agrícola do país aos maiores portos costeiros, duplicou esse ano o número de contratos para transporte de commodities, em comparação com o ano passado.

A operadora controlada pela Cosan teve seu desempenho atingido em 2020 por uma série de fatores que ocasionou na redução de suas margens de lucro pela metade. Contudo, sua expectativa para 2021 é de transportar um número de commodities 15% maior do que do ano passado e ter um aumento de lucro operacional de pelo menos 9%.

Números

O principal corredor ferroviário do agronegócio brasileiro fica entre Rondonópolis/MT e o Porto de Santos/SP. Este é o trajeto feito pela Rumo com seu trem de 120 vagões, com capacidade para transportar em torno de 11,5 mil toneladas de grãos. Isso significa um ganho de cerca de 50% na capacidade se comparado com as composições utilizadas anteriormente, com no máximo 80 vagões.

Ao longo dos meses de fevereiro e março, aproximadamente 1,6 mil caminhões carregados com grãos e farelos de soja por dia estiveram descarregando no terminal de Rondonópolis e em média sete trens saindo em direção a Santos. Estima-se que em fevereiro aproximadamente 80 mil toneladas de soja foram embarcadas diariamente.

De acordo com os levantamentos divulgados pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) com relação à safra brasileira de grãos 2020/2021, a estimativa é de mais de 133 milhões de toneladas. A expectativa é que as exportações cheguem a mais de 85 milhões de toneladas.

A Rumo

Atualmente a Rumo é a maior operadora de ferrovias no país, atuando em 12 terminais de transbordo e 6 terminais portuários. Sua base de ativos é composta por 1200 locomotivas e 33 mil vagões, com os quais oferece serviços logísticos de transporte ferroviário, elevação portuária e armazenagem. A companhia administra quase 14 mil quilômetros de ferrovias em 9 estados brasileiros: Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Minas Gerais, Goiás e Tocantins.

Tendo como foco oferecer soluções que tornem o modal ferroviário mais limpo e eficiente, a Rumo assumiu a concessão das malhas ferroviárias em 2015 e começou em 2018 a planejar o novo modelo de operação que é visto hoje. O investimento no projeto gira em torno de R$ 700 milhões, o que incluiu adequações em pátios, postos de abastecimento e sinalizações. No ano de 2020 foram realizados mais de 500 testes, o que equivale a mais de 800 mil quilômetros rodados. Para 2022, a previsão é concluir também as obras para o fluxo de importação.

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