Problemas enfrentados no acesso ao porto de Miritituba

O ano de 2021 começou com a expectativa de crescimento do escoamento de grãos do Mato Grosso para o porto de Miritituba, no Pará. A previsão em janeiro apontava 15 milhões de toneladas de soja e milho subindo pela BR-163 em direção ao porto paraense, superando 9,7 milhões de toneladas em 2019 e 12,5 milhões em 2020.

Para isso, porém, fica clara a necessidade de uma rodovia em condições adequadas para suportar o intenso tráfego de veículos pesados. O TCU (Tribunal de Contas da União) autorizou em dezembro de 2020 que o Ministério da Infraestrutura realize a concessão de manutenção da rodovia BR-163, com um projeto de construção de 35 km de faixas adicionais e 30 km de vias marginais, além de novos acessos e alargamentos.

Contudo, o processo de licitação ainda não aconteceu e, enquanto isso, vários problemas vêm sendo enfrentados no acesso ao porto de Miritituba.

Filas quilométricas

A colheita de soja sofreu um atraso em 2021, em comparação com os anos anteriores. Por causa disso, quando ocorreu o avanço da colheita, o resultado foi um fluxo elevado de veículos na região, devido ao grande número de fazendas escoando a produção ao mesmo tempo.

Como os produtores também enfrentam o antigo problema do déficit de armazenagem, fica difícil segurar os grãos nas fazendas, por isso a consequência durante o mês de fevereiro foi a presença de filas quilométricas de caminhões na BR-230, também conhecida como Rodovia Transamazônica, e na BR-163.

Vale destacar que a BR-230 é administrada pelo Governo Federal, exceto pelo trecho final de sete quilômetros, que é uma via pequena, administrada pela prefeitura, e que recebe os veículos que chegam da intersecção com a BR-163, que corta o Mato Grosso.

Chegou-se a registrar a presença de 3 mil carretas carregadas com grãos destinados à exportação paradas em congestionamento próximo ao rio Tapajós.

Para evitar as filas, que no último mês chegavam a oito quilômetros, alguns motoristas optam por utilizar uma estrada alternativa de terra para acessar o porto. A questão é que, em épocas de chuvas, a rota fica cheia de lama, o que prejudica o tráfego na área.

Planos

A concessão da BR-163 é apontada como uma das principais soluções para os problemas enfrentados. A previsão é de que a licitação possa ocorrer até maio desse ano, para que durante o período seco na região, que abrange de maio a novembro, já ocorram manutenções na rodovia. O critério de julgamento para escolher a empresa licitada será o menor valor de tarifa e o contrato será de 10 anos, prorrogáveis por mais 2. Estima-se um investimento de quase 1,89 bilhão de recursos privados.

Também está prevista para o ano de 2021 a licitação da Ferrogrão, ferrovia de aproximadamente mil quilômetros de extensão que ligará Sinop a Miritituba. A expectativa é que com a Ferrogrão haja uma significativa redução no valor do frete, contudo, o planejamento para essa construção é longo, com uma conclusão prevista por volta de 2029.

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