O projeto Ferrogrão

Já faz mais de quatro anos que o projeto da ferrovia Ferrogrão EF-170 vem sendo discutido e atualmente a expectativa do Ministério da Infraestrutura (Minfra) é de que em breve seja aberto o leilão para sua concessão.

Trata-se de um bilionário projeto logístico do governo federal, que faz parte do Programa de Parceria de Investimentos (PPI) e pretende expandir a malha ferroviária e impulsionar o escoamento de grãos do Centro-Oeste pelos portos do Arco Norte.

A estimativa de investimento para a Ferrogrão é de 12 bilhões de reais que deverão ser injetados por iniciativa privada e cujo prazo de concessão é de 69 anos.

Continue lendo e entenda mais sobre esse projeto.

O que é

Em resumo, a proposta do projeto é criar uma ferrovia de 933 quilômetros de extensão com o intuito de impulsionar o escoamento de grãos no Norte. Os trilhos da ferrovia irão acompanhar o traçado da BR-163 e ligar o município de Sinop (MT) ao distrito de Miritituba (PA), nas margens do rio Tapajós.

O principal papel da Ferrogrão será no escoamento da produção de milho, soja e farelo de soja do Estado do Mato Grosso, mas também prevê o transporte de óleo de soja, fertilizantes, açúcar, etanol e derivados do petróleo.

Isso significa que os grãos que atualmente são transportados de caminhão chegarão em vagões de trem, o que deve consolidar um corredor logístico e baratear o frete — a estimativa é de recuo de 30% a 40% no preço do frete.

Por causa dessas informações, há quem pense que o projeto pode acabar inviabilizando o transporte rodoviário. Recentemente, em entrevista, Tarcísio Gomes de Freitas, ministro da Infraestrutura, foi questionado sobre esta possibilidade. Em sua resposta, Freitas descartou a hipótese e alegou que os modos são complementares: “O único transporte porta a porta é o rodoviário, o transporte mais versátil que existe é o rodoviário. Para a ferrovia operar, a carga terá que chegar aos seus terminais, e para chegar vai ter que ser de caminhão, não tem outro caminho”.

Expectativas

De acordo com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), se a publicação do edital acontecer de acordo com o previsto, a assinatura do contrato de permissão para que o trem seja colocado nos trilhos poderá ser assinado ainda no primeiro semestre de 2022.

Se as expectativas seguirem tal cronograma, estima-se que a ferrovia estará em operação no prazo de 10 anos. A projeção para quando a Ferrogrão estiver funcionando é de que desde o começo será possível escoar pelo menos 20 milhões de toneladas de produtos e que até o final da concessão esse número chegue a 48 milhões de toneladas.

Outra expectativa quanto à estrada de ferro é a de que o projeto seja amplamente sustentável, sob critério técnico, econômico, social e ambiental. Ela também deve auxiliar na diminuição de emissões de carbono, quando o trem assumir o papel que hoje é desempenhado por caminhões movidos a diesel.

Considera-se inclusive, que a Ferrogrão tem potencial para receber o “Selo verde” e seguir os parâmetros da Climate Bond Initiative (CBI), organização internacional que certifica iniciativas sustentáveis.

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