Impactos do aumento do diesel

Desde que o ano começou, o preço do óleo diesel já sofreu cinco reajustes. Considerando todos os aumentos que ocorreram só em 2021, o preço médio do diesel já subiu 16,4%, de acordo com a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).

No mês de março, o preço médio de venda do diesel nas refinarias chegou ao valor de R$ 2,86 por litro, o que significa uma variação de 5,5% e aumento médio de R$ 0,15 por litro em relação ao preço anterior.

A Petrobras divulgou uma nota em que explica o aumento do preço de seus produtos e alega que o reajuste aos distribuidores não é sinônimo de aumento no preço das bombas de combustível. Segundo a empresa: “Os preços praticados pela Petrobras, e suas variações para mais ou para menos, associadas ao mercado internacional e à taxa de câmbio, têm influência limitada sobre os preços percebidos pelos consumidores finais. O preço da gasolina e do diesel vendidos na bomba do posto revendedor é diferente do valor cobrado nas refinarias da Petrobras. Até chegar ao consumidor são acrescidos tributos federais e estaduais, custos para aquisição e mistura obrigatória de biocombustíveis, além das margens brutas das companhias distribuidoras e dos postos revendedores de combustíveis”.

Entretanto, na prática, a tendência é que os preços acabem sendo, sim, repassados ao consumidor final. De acordo com especialistas, esses aumentos têm um impacto brutal na inflação, que registrou taxa de 0,78% em janeiro desse ano, maior resultado desde 2016, ano em que o índice ficou em 0,92%. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em janeiro de 2020 a taxa foi de 0,71%.

Especialistas apontam que em três a seis meses, os reajustes que vêm ocorrendo não somente no preço do diesel, mas também da gasolina e do gás de cozinha, podem ter um impacto de 1,5 ponto na inflação.

Numa tentativa de intervir na situação, no dia 01/03/21, o Governo Federal anunciou decreto que zera as alíquotas de PIS e Cofins que incidem sobre o óleo diesel, medida que valerá durante março e abril.

Causas

Os reajustes em sequência no ano de 2021 são um reflexo da valorização do barril de petróleo no mercado internacional desde o segundo semestre de 2020, quando começou a ocorrer a projeção por parte do mercado financeiro do crescimento da economia mundial no ano de 2021.

Por causa do otimismo com relação à recuperação da economia, o barril do petróleo brent, utilizado como referência para a Petrobras, que custava US$ 23 em março de 2020, saltou para US$ 54 em janeiro.

Aliado a isso, tem-se a desvalorização da moeda brasileira, já que, com relação ao dólar, o real se mantém fraco. E mesmo que os postos de combustível não repassem exatamente todo o percentual de reajuste ao consumidor final, é fato que a cada nova alteração na refinaria, há uma subida no valor visto nas bombas.

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