Caminhoneiros durante a pandemia

Muita gente sequer compreendia o quanto a atividade dos caminhoneiros é importante, até que em uma greve, em 2018, foi possível ver o quanto o funcionamento de muitas coisas depende do transporte rodoviário. Este é o modal responsável por aproximadamente 70% das cargas do país, o que inclui o abastecimento da população.

O setor emprega mais de 1,5 milhão de pessoas e chega a representar até 7% do PIB Nacional. Durante a pandemia de Covid 19, que teve início há mais de um ano, a busca pelos serviços desses profissionais teve um grande aumento. Considerando o ano de 2020, estima-se que o volume de carga transportada pelas rodovias do país cresceu 62%. Isso significa quase 500 mil cargas por mês e 6 milhões ao longo do ano.

Mudanças com a pandemia

Durante o segundo trimestre de 2020, a demanda teve uma grande queda, mas, passado esse período, o crescimento foi considerável. Três setores que já são tradicionalmente fortes para o mercado de fretes destacaram-se nesse tempo: o agronegócio, especialmente o transporte de grãos, a construção civil e os produtos industrializados.

O aumento no volume de compras eletrônicas exigiu alguns esforços logísticos, já que algumas lojas físicas passaram a atuar como grandes centros de distribuição.

De acordo com a FreteBras, plataforma que cobre aproximadamente 95% do território nacional e tem como objetivo unir caminhoneiros ao frete, durante o ano de 2020, a base de empresas cadastradas teve um aumento de 30% em relação ao ano anterior, e pelo menos mais 200 mil caminhoneiros se cadastraram em buscas de fretes no site ou aplicativo da empresa.

A utilização desse tipo de plataforma em tempos de pandemia é uma boa estratégia para oferecer mais segurança aos caminhoneiros, já que extingue a necessidade de que o frete seja negociado pessoalmente, o que diminui o risco de contaminação dos trabalhadores.

As mudanças também influenciaram o preço do frete. Conforme aponta o Índice FreteBras de Preço do Frete (IFPF), o ano de 2020 fechou com o preço médio do frete em R$ 3,93 km por eixo. O cálculo considera o preço total do frete por quilômetro rodado e por eixo do veículo responsável pelo transporte. As oscilações variam de acordo com a região; no Centro-Oeste a remuneração ficou acima da média, chegando a R$ 4,73, enquanto no Sudeste chegou a R$ 3,81.

Profissão

Um levantamento do LinkedIn, chamado Profissões Emergentes 2020, classificou a profissão de motorista com o décimo lugar dentre as mais promissoras. O que embasou o estudo foi o fato de que a demanda por motoristas aumentou cerca de 68% nos últimos cinco anos.

Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT) apontou que os caminhoneiros brasileiros têm idade média de 44,8 anos e 18,8 anos de experiência na atividade. Dentre os profissionais, apenas 0,5% é composto por mulheres, ou seja, aproximadamente 10 mil motoristas.

O fato é que essa é a classe responsável por assegurar que alimentos, remédios e demais itens essenciais continuem chegando às residências dos brasileiros mesmo durante a pandemia.

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